Para Agripino Proposta do governo de criar 29 mil cargos é irresponsável
O líder dos Democratas no Senado, José Agripino (RN), voltou a criticar a proposta do governo Luiz Inácio Lula da Silva de criar quase 29 mil cargos públicos, em 2008. Segundo o parlamentar pelo estado do Rio Grande do Norte, a sugestão não tem outro objetivo senão aumentar as despesas públicas e, conseqüentemente, frear o crescimento do Brasil. “Se fosse para aumentar os cargos a fim de melhorar a saúde, emprego e educação no país, tudo bem, mas não é o caso”, criticou.
A proposta orçamentária - encaminhada pelo governo ao Congresso na semana passada - prevê a criação de 28.979 cargos no serviço público da União, no ano que vem. Ao todo, está prevista a contratação de um total de 56.348 funcionários públicos, pois, além das vagas criadas, há as que foram abertas pelos mais diversos motivos, entre eles, a aposentadoria.
“Quanto mais se arrecada neste país, mais se gasta e mais despesas são criadas. Tudo indica que o presidente Lula não tem consciência disso”, acrescentou Agripino. Atualmente, o gasto anual com a contratação dos mais de 56 mil funcionários é de R$ 3,495 bilhões. Em 2008, contudo, o custo será de R$ 1,897 bilhão, pois os novos servidores públicos tomarão posse ao longo do ano.
Do total de contratações, 40.032 serão feitas no âmbito do Executivo, 12.604 no Judiciário, 1.417 no Legislativo e 2.295 do Ministério Público da União (MPU). Nem todos os novos contratados serão admitidos por concurso público. Mas o Planalto espera substituir até 11.446 servidores terceirizados por concursados, conforme comunicação de Lula que acompanhou a proposta orçamentária para 2008. “É o cúmulo da irresponsabilidade criar cargos para ocupar os seus, aparelhar o Estado e gerar despesa”, acrescentou José Agripino.
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