Casos de dengue aumentam 45% em 2007, revela Ministério da Saúde
Balanço divulgado hoje (4) pelo Ministério da Saúde revela que a dengue está avançando no país. De janeiro a julho, foram registrados 438.949 casos em todo o território nacional, contra 302.461 no mesmo período do ano passado. O número é 45,13% maior do que em 2006.
Balanço divulgado hoje (4) pelo Ministério da Saúde revela que a dengue está avançando no país. De janeiro a julho, foram registrados 438.949 casos em todo o território nacional, contra 302.461 no mesmo período do ano passado. O número é 45,13% maior do que em 2006.
Segundo o ministério, o crescimento da doença concentrou-se no Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio de Janeiro. Somente esses três estados responderam por 85% do aumento de ocorrências de dengue. Dos 136.488 casos a mais notificados em 2007, na comparação com 2006, 116.942 tiveram origem nesses estados.
As mortes provocadas pela dengue também apresentaram aumento, passando de 77 em 2006 para 98 em 2007. No entanto, de acordo com o Ministério da Saúde, em termos proporcionais, as mortes estão registrando índices menores que no ano passado.
Para o secretário de Vigilância em Saúde do ministério, Gerson Penna, o aumento ocorreu por causa de problemas localizados. “Cada estado corresponde a uma análise específica”, justificou.
Ele, no entanto, descartou qualquer risco de epidemia e apontou outros fatores como possíveis causas para o crescimento da dengue. Em primeiro lugar, citou alterações climáticas, que no verão passado anteciparam o início das chuvas nos três estados que lideraram o crescimento da doença.
“Tanto no Rio de Janeiro, como no Paraná e no Mato Grosso do Sul, as chuvas vieram antes do tempo e ocorreram de forma mais prolongada que o normal. Isso multiplicou os focos do mosquito transmissor da doença”, explicou.
O secretário também mencionou a resistência da população em adotar as medidas de prevenção à doença. “Em vários lugares falta interação entre os gestores públicos e a população”, disse Gerson. Ele citou o caso de Campo Grande (MS). Apesar do surto da doença na capital sul-matogrossense, os fiscais sanitários, segundo ele, foram impedidos de entrar em uma de cada quatro casas na cidade.
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