terça-feira, 21 de maio de 2013

Você precisa do 4G?


Pressionadas pelo governo, as operadoras de telefonia lançam uma internet móvel mais rápida. Que diferença isso faz para o consumidor

RAFAEL BARIFOUSE - revistaepoca
O 4G chegou. As quatro maiores operadoras do país cumpriram o combinado com o governo e passaram a oferecer neste mês a nova internet de banda larga no celular, nas sete cidades sedes da Copa das Confederações. A conexão usa uma tecnologia que pode ser 100 vezes mais rápida que a rede 3G existente hoje no Brasil. E tão rápida quanto a internet de casa ou do trabalho. A uma velocidade dessas, páginas e posts em redes sociais aparecem em instantes. Não é preciso esperar um vídeo ou música carregar. Downloads levam segundos em vez de minutos, ou minutos em vez de horas. Como o sinal é transmitido pelo ar, por ondas de rádio, é mais fácil e barato conectar o interior do país.

Mas não jogue seu celular no lixo ainda. Vai demorar para aproveitarmos todas as vantagens do 4G. Levará um ano para a rede chegar às cidades com mais de 500 mil habitantes que não serão sedes da Copa do Mundo. Só a partir de 2017 estará disponível em praticamente todo o país. Mesmo aonde o 4G chegar, o sinal não pegará em toda a cidade. E, quando houver sinal, a velocidade será algo como 5 megabits por segundo, 20 vezes menor que os 100 megabits possíveis.

Essa defasagem entre o possível e o que temos na mão já existe no 3G. A conexão poderia funcionar a 42 megabits por segundo. As operadoras brasileiras entregam algo entre 0,5 e 1 megabit. Se você pegar um avião agora com seu smartphone 3G atual e pousar nos Estados Unidos, navegará três vezes mais rápido na rede americana, com quase a mesma velocidade do 4G brasileiro.

As operadoras não fazem isso para boicotar o cliente. Elas alegam ser difícil investir no ritmo necessário. Importar equipamentos sai caro por causa dos altos impostos. A frequência do 4G brasileiro, de 2.500 GHz, cria outra dificuldade. O sinal é potente, mas não vai longe. Exige mais antenas para cobrir uma cidade. As operadoras ainda reclamam da burocracia para instalar antenas no Brasil, onde 250 municípios têm leis próprias para isso.

Mesmo com seus problemas, o 4G pode valer a pena. É o único jeito de ter uma internet rápida no celular e, em muitos casos, não custa mais do que já se paga hoje no 3G. A seguir, as principais dúvidas de quem avalia se é hora de acelerar.

internet móvel 1  (Foto: Divulgação)

internet móvel 2 (Foto: Divulgação)

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