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Ontem, foi a vez de Wilma de Faria ir até ao apartamento do deputado Henrique Alves, em Natal, fazer uma sondagem e segundo ela, o próprio Henrique lhe teria garantido que não é candidato a governador e que “pode até pensar em reeleição”. Da mesma forma, Wilma teria dito à Henrique que não tenciona sair candidata novamente a governadora, mas que não pode evitar o desejo das pessoas. Em entrevista à jornalista Thaísa Galvão, publicada em seublog,Wilma de Faria disse:
- Eu quero uma candidatura que não me dê problemas. Nem com aliados e nem financeiramente. Eu não tenho os recursos que muitos outros tem.
Esta semana Wilma deverá também consultar o PT. Ou melhor, a deputada Fátima Bezerra, provável candidata ao Senado.
Pois muito bem: quem falta consultar quem agora? Talvez a governadora Rosalba Ciarlini, que naturalmente seria ou será candidata a reeleição. Certamente já consultou os seus botões e mais provavelmente Henrique Eduardo Alves, seu maior aliado hoje, mais até que o próprio senador José Agripino Maia, presidente nacional do DEM. Se houve essa consulta, que já deve ter havido, até pelo comportamento dos dois – Rosalba e Henrique – não vazou. A consulta, que virou moda, está guardada a sete chaves.
Fato é que de consulta em consulta chega-se a conclusão de que todos, exceto Robinson Faria, que joga aberto neste quesito, estão com medo de avançar a pedra no tabuleiro político. Um ensaio aqui outro acola, um discurso aqui outro acolá, uma alfinetada aqui outra acolá, mas sempre com o pé atrás. O que se observa claramente é que no caso de Wilma de Faria e Henrique Alves, ambos não querem se enfrentar e torcem, provavelmente, para que o governador de Pernambuco e presidente nacional do PSB, Eduardo Campos, não saia candidato à Presidência da República.
Wilma foi clara na entrevista à Thaísa Galvão quando disse que quer uma candidatura que não lhe cause problemas. E qual seria esta candidatura, caro leitor? A de deputada federal. E por que?
Porque se Eduardo Campos não for candidato a presidente, um acordão estaria em formação no Rio Grande do Norte e todos seriam felizes para sempre: Henrique candidato a governador, a deputada federal Fátima Bezerra (PT) candidata ao Senado e Wilma de Faria candidata a um cargo que não lhe causaria problemas, a de deputada federal.
Rosalba neste caso, já que tenciona apoiar a reeleição da presidenta Dilma Ruosseff (PT), terminaria o governo presidindo o pleito. E Robinson? Restaria novamente uma candidatura à Assembleia Legislativa com o apoio do grupo formador das consultas à reeleição do seu filho, deputado federal Fábio Faria (PSD).
Portanto, esqueçam as bases. As consultas agora são aos adversários! A conferir!
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