quarta-feira, 7 de novembro de 2007


Tião Viana diz que não é seu papel buscar votos para CPMF

Teresa Cardoso / Agência Senado


O presidente interino do Senado, Tião Viana, afirmou nesta quarta-feira (7) que continua difícil a situação do governo para conseguir 49 votos na Casa a favor da prorrogação da cobrança da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF), mas observou que não é seu papel movimentar-se em busca desse apoio. Referindo-se à decisão do PSDB de votar contra a CPMF, Tião Viana disse aos jornalistas que, como oposição, os tucanos colocam-se muito bem perante a opinião pública na cobrança de uma revisão do sistema tributário, o que só dificultará a prorrogação da CPMF. Mas reiterou que seu papel é o de se manter neutro nessa história.

- Sempre sou muito cauteloso porque sei dos riscos que o governo enfrenta aqui quando o assunto é a obtenção de 49 votos. Os tucanos, do ponto de vista político, fazem um bom movimento. Reafirmam uma posição dura, uma cobrança de uma revisão tributária no país. Isso é um papel partidário muito bom, numa hora em que ninguém concorda com a política tributária brasileira. Todos querem a reforma, eles afirmam essa convicção, essa exigência política e ao mesmo tempo endurecem o discurso contra a CPMF - disse.

- O senhor fará algum movimento em direção ao PSDB? - perguntou um jornalista.
- Não, em absoluto, meu papel é de inteira neutralidade na condução dessa matéria, meu dever é zelar pelo Regimento e assegurar que as partes sejam respeitadas. O mesmo direito que tem o governo de fazer uma forte defesa da matéria através dos seus representados, tem a oposição de ser contrária - afirmou.

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