terça-feira, 27 de novembro de 2007

Adiamento de reforma tributária poderá complicar aprovação da CPMF, diz Agripino
Marcos Chagas Repórter da Agência Brasil

Brasília - A oposição criticou hoje (26) a decisão do governo de não enviar a proposta de reforma tributária ao Congresso até o final do mês. Segundo o líder do Democratas no Senado, José Agripino Maia (RN), o adiamento da reforma complicará ainda mais as pretensões do governo de prorrogar até 2011 a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).

“Nunca vi o compromisso assumido pelo presidente da República ser descumprido tão rápido”, afirmou Agripino. Segundo ele, a aprovação da CPMF será dificultada porque vários senadores condicionaram o voto favorável à definição de uma nova ordem tributária no país.

A líder do bloco governista no Senado, Ideli Salvatti (PT-SC), justificou a desistência do governo de encaminhar a reforma tributária até sexta-feira (30). Segundo ela, o Palácio do Planalto atendeu ao pedido de vários líderes da base aliada que manifestaram a insatisfação com o envio da proposta na reunião do Conselho Político do governo, na semana passada.

“Vários senadores fizeram ponderações ao presidente dizendo que a reforma tributária sempre é um assunto polêmico e que suscita divergências”, argumentou Ideli, que também integra o Conselho Político.

A senadora acrescentou que o envio da proposta ainda este mês acumularia os debates no Senado e poderia comprometer as negociações para aprovar a CPMF até 31 de dezembro. “Com a CPMF, a reforma tributária é uma. Sem a CPMF, a reforma obrigatoriamente terá de ser outra”, alegou.

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