Até agora, nem ministro da Justiça deu declarações sobre crise nas prisões
Paulo Celso Pereira e Luiza Damé - O Globo
BRASÍLIA — O governo federal quer afastar ao máximo a presidente
Dilma Rousseff da grave crise que atinge os sistemas prisionais do
Maranhão e do Rio Grande do Sul. Os dois estados são comandados por
aliados de primeira hora da presidente, os governadores Roseana Sarney e
Tarso Genro, e são considerados fundamentais nas eleições deste ano.
Diante da gravidade da situação nas prisões, a presidente não teria como
fazer qualquer pronunciamento acrítico.
Por isso, a determinação do governo é que caberá ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pronunciar-se sobre o caso — o que ainda não havia ocorrido até o início da noite de ontem. Até agora, o Planalto permanece calado.
Por isso, a determinação do governo é que caberá ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, pronunciar-se sobre o caso — o que ainda não havia ocorrido até o início da noite de ontem. Até agora, o Planalto permanece calado.
Na
terça-feira, chegou a ser anunciada uma entrevista do ministro Cardozo
para tratar de outros assuntos da área, mas ele acabou mandando
representante, depois de se reunir por cerca de 40 minutos com a
presidente Dilma no Alvorada. A única ministra a se pronunciar até agora
foi a chefe da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da
República, Maria do Rosário, que emitiu nota oficial repudiando “com
veemência a barbárie e a banalização da vida”.
Apesar de não tratar publicamente do assunto, a presidente se reuniu com Cardozo e com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir o tema. Em 2010, Dilma obteve no Maranhão sua segunda maior vitória eleitoral, com 79% dos votos no segundo turno, atrás apenas dos 80% obtidos no Amazonas.
Hoje, o objetivo da presidente é garantir o apoio das duas forças que deverão disputar o governo do Maranhão: o presidente da Embratur, Flávio Dino, e o candidato que vier a ser indicado pela família Sarney.
O palanque duplo no estado é um dos principais focos de animosidade entre peemedebistas e petistas. A direção nacional do PMDB está considerando o apoio do PT no Maranhão como uma pré-condição fundamental para que seja sacramentada a aliança nacional entre os dois partidos.
Os militantes do PT no estado, no entanto, são historicamente mais próximos de Flávio Dino. O comunista, no entanto, já fechou um acordo com o presidenciável Eduardo Campos e afirma, publicamente, que ele terá espaço em seu palanque independentemente de também vir a receber ou não apoio do PT.
Apesar de não tratar publicamente do assunto, a presidente se reuniu com Cardozo e com a ministra da Casa Civil, Gleisi Hoffmann, para discutir o tema. Em 2010, Dilma obteve no Maranhão sua segunda maior vitória eleitoral, com 79% dos votos no segundo turno, atrás apenas dos 80% obtidos no Amazonas.
Hoje, o objetivo da presidente é garantir o apoio das duas forças que deverão disputar o governo do Maranhão: o presidente da Embratur, Flávio Dino, e o candidato que vier a ser indicado pela família Sarney.
O palanque duplo no estado é um dos principais focos de animosidade entre peemedebistas e petistas. A direção nacional do PMDB está considerando o apoio do PT no Maranhão como uma pré-condição fundamental para que seja sacramentada a aliança nacional entre os dois partidos.
Os militantes do PT no estado, no entanto, são historicamente mais próximos de Flávio Dino. O comunista, no entanto, já fechou um acordo com o presidenciável Eduardo Campos e afirma, publicamente, que ele terá espaço em seu palanque independentemente de também vir a receber ou não apoio do PT.
Nenhum comentário:
Postar um comentário