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O resultado supera as previsões de mercado de crescimento entre 5,82% e 5,83%
Por Pedro Soares / Folhapress
O IPCA, índice oficial de inflação do país, fechou 2013 em 5,91%, abaixo do teto da meta do governo, de 6,5%. O número é maior do que os 5,84% de 2012, segundo dados do IBGE divulgados hoje. O resultado também supera as previsões de mercado de crescimento entre 5,82% e 5,83%, abaixo do ano anterior.
Apesar da forte pressão ao longo do ano, especialmente de alimentos, a taxa perdeu força no segundo semestre e o governo evitou o estouro da meta, de 6,5%.
O grupo alimentação registrou alta de 8,48% no ano e foi um dos principais responsáveis pelo avanço do índice. Outros grupos que mantiveram a inflação no rol das preocupações de mercado e governo, ao puxaram o IPCA para cima, foram despesas pessoais, com alta de 8,39%, e educação (7,94%).
Apesar do aumento da gasolina no fim de 2013, o grupo transporte, o segundo de maior peso, atrás de alimentação, avançou 3,29% diante do represamento dos reajustes dos combustíveis e dos preços em queda de veículos graças ao IPI reduzido.
Sinal negativo
Em dezembro, o índice ficou em 0,92%, superando o nível de novembro (0,54%) e bem acima das previsões de mercado, entre 0,82% e 0,84%. O resultado é o pior para o mês do ano desde 2002 (2,10%), quando o país vivia um choque de confiança diante e disparada do dólar e da incerteza quanto à eleição daquele ano vencida por Lula. O índice também é o mais elevado desde abril de 2003 (0,97%).
Também indica que 2014 não será um ano fácil para a equipe econômica, que convive com a necessidade de conter a inflação e seus efeitos na popularidade da presidente Dilma em ano eleitoral.
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