A senadora Rosalba Ciarlini disse não ter entendido o tratamento que o Governo do Estado deu à reunião com o ministro das Cidades, Márcio Fortes, ontem em Brasília (DF). "A governadora perdeu uma boa oportunidade de cobrar publicamente a agilização de recursos para os desabrigados e para a recuperação das nossas estradas e economia", afirmou, elogiando o governador do Piauí, Wellington Dias, e o vice-governador do Ceará, Francisco José Pinheiro, que foram ao Senado expor a situação de seus Estados e exigir rapidez na adoção de medidas.
O Rio Grande do Norte esteve representado apenas pela chefe do escritório de representação em Brasília, Luiza Goes de Oliveira, que apresentou prejuízos de R$ 100 milhões neste ano com as cheias, o dobro das perdas de 2008. "O Rio Grande do Norte não poderia ter desperdiçado essa chance para mostrar o real quadro em que se encontra pelas perdas do ano passado e deste ano", repetiu Rosalba, que cobrou do ministro a desburocratização do atendimento aos municípios que sofrem os efeitos das fortes chuvas no Nordeste. "Questionei o ministro Márcio Fortes sobre o atraso no repasse do dinheiro pelo governo, já que o Congresso aprovou no ano passado uma medida provisória (MP) de mais de R$ 600 milhões para o socorro aos municípios atingidos pelas enchentes", ressaltou.
Segundo Rosalba, os municípios não podem esperar pela burocracia. Há milhares de pessoas em toda a região necessitando de abrigo e de assistência por causa das precipitações que passaram da conta. "Não pode haver tanta acomodação. Se o prefeito decreta emergência ou calamidade, é porque a situação exige providências rápidas", declarou, lamentando que o Estado não tenha recebido sequer o que calculou em 2008. A governadora Wilma de Faria divulgou que seriam necessários R$ 98 milhões para cobrir os estragos causados pelas chuvas em 2008. Já, a chefe do escritório de representação deu número mais modesto: disse que no ano passado as chuvas causaram prejuízo de R$ 50 milhões. O desencontro de informações prova que o governo não poderia ter subestimado a importância dos Estados atingidos pelas cheias, daí a necessidade da presença da governadora ou de um representante que esteja acompanhando de perto as enchentes do Rio Grande do Norte.
Jornal de Fato
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