A senadora Rosalba Ciarlini defendeu tratamento diferenciado para os Estados produtores de petróleo, mesmo que eles não estejam na camada do pré-sal. A parlamentar considera que a divisão dos recursos dessa nova exploração do produto deve chegar a todos os Estados brasileiros, mas ressalta que os royalties pagos aos que produzem, atualmente, são insuficientes para cobrir os prejuízos resultados da atividade. "Os royalties não pagam os problemas de meio ambiente e infraestrutura provocados pela exploração de petróleo", insistiu.
Rosalba recordou que o Rio Grande do Norte perdeu significativamente com a escolha das refinarias para Pernambuco, Ceará e Maranhão e o pólo petroquímico para o Rio de Janeiro. "Tivemos prejuízos e não recebemos qualquer compensação", cobrou, considerando que a exploração do pré-sal é a oportunidade para se corrigir as diferenças regionais e fazer justiça social.
A senadora não concorda com o pedido de urgência feito pelo governo para a aprovação dos quatro projetos pelo Congresso Nacional. "Ora, se o governo passou dois anos para fazer esses projetos - que admite - precisam de reparos, como é que podemos aprová-los de forma precipitada?", questiona. Para ela, o prazo de 90 dias estipulado pelo pedido de urgência constitucional é muito pequeno para a regulamentação da exploração das reservas de pré-sal.
Na opinião da senadora, é melhor haver mais tempo para que os parlamentares analisem os projetos e possam oferecer um marco regulatório seguro, competente e capaz de garantir um futuro promissor ao país, do que o Congresso pecar pela pressa. "Vou continuar defendendo tratamento diferenciado para o RN", avisou.
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