segunda-feira, 31 de agosto de 2009

Felipe quer evitar aprovação de novo imposto no Brasil

O repasse de verbas para a saúde deve aumentar. No entanto, o Governo Federal pretende passar essa conta para o bolso do contribuinte, criando um novo imposto, a Contribuição Social da Saúde (CSS). O imposto foi proposto pelo deputado Pepe Vargas (PT-RS) e, caso seja aprovado, incidirá sobre a movimentação financeira. De acordo com o deputado Felipe Maia (DEM), a oposição já se organiza para evitar a aprovação da CSS no Congresso Nacional. "Não vamos permitir que essa maldade com o contribuinte seja aprovada. Claro que precisamos de mais repasses para a saúde, mas
jogar o ônus no colo do pai e da mãe de família é uma injustiça.

"O governo tem recursos em caixa para isso, não precisa penalizar o trabalhador com mais um imposto", ressaltou o parlamentar. A proposta do deputado é que o governo reduza os gastos com a máquina pública e com os investimentos em outros países. Dessa maneira, os recursos economizados podem ser destinados para a saúde. A folha de pagamento dos servidores contratados pela União, por exemplo, passou de R$ 53 bilhões, em 2006, para quase R$ 80 bilhões, em 2009, menos de três anos. O pagamento de pessoal cresceu 44% em quatro anos, enquanto a saúde representou apenas 10% dos repasses, nesse mesmo período do ano.

Outro gasto exorbitante é efetuado com os cartões corporativos, já objeto de investigação em uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Congresso. Até julho deste ano, os gastos sigilosos do governo com os cartões ultrapassaram a marca de R$ 15 milhões, segundo o portal da Transparência. "Diante desses dados absurdos fica inaceitável a desculpa do governo ao dizer que não tem recursos para investir em saúde", disse.

Os repasses do Brasil para outros países também caracterizam a gastança do Planalto. Além de o governo brasileiro ter emprestado US$ 10 bilhões para o Fundo Monetário Internacional (FMI), ainda vai gastar US$ 230 milhões para construir 508 quilômetros de estradas na Bolívia. "Sei da importância da política e do investimento internacional. Mas não aceito que o governo faça graça para outros países e deixe os gastos internos para o bolso do cidadão", afirmou o parlamentar do Rio Grande do Norte.

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