O
líder do Democratas José Agripino (RN) reagiu à eleição já prevista de Renan
Calheiros (PMDB-AL) para a Presidência do Senado. Momentos antes da votação, o
senador potiguar ocupou a tribuna e lembrou que a Casa elegeria, em poucos instantes,
o intérprete do Legislativo no Brasil. E frisou: ao contrário do Judiciário -
que passa por um momento de boa análise perante a sociedade depois do
julgamento do mensalão -, o Senado terá de dar respostas ao povo brasileiro sobre
suas escolhas.
“O
Poder Legislativo precisa se respeitar e para isso tem que ser respeitado como
autoridade. Falo como líder e presidente de um partido que quer o melhor para o
Brasil, que deseja que o Congresso Nacional seja reconhecido por trabalhar para
o bem do meu país”, disse José Agripino, que declarou apoio ao senador Pedro
Taques (PDT-MT), que também concorreu a vaga da Presidência.
Por 56 votos a favor, 18 contra, dois nulos e dois votos em branco, Renan Calheiros vai comandar os trabalhos da Casa pelos próximos dois anos. Mas terá muito a explicar: o novo presidente do Senado foi denunciado na última semana pela Procuradoria-Geral da República ao Supremo Tribunal Federal pelos crimes de peculato (desvio de dinheiro público, 2 a 12 anos de cadeia), falsidade ideológica (1 a 5 anos de cadeia) e uso de documento falso (2 a 6 anos de cadeia).
Segundo Gurgel, Renan apresentou ao Senado em 2007 – ano em que renunciou a Presidência da Casa - notas frias e documentos falsificados para justificar a origem dos recursos que o lobista da empreiteira Mendes Júnior entregava, em dinheiro vivo, à mãe de sua filha, a título de pensão. Para a PGR, está provado que Renan não tinha condições financeiras de arcar com a pensão – e que não fez, de fato, esses pagamentos à mãe de sua filha.
Crédito das fotos: Mariana Di Pietro
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