Com a leitura da mensagem anual da governadora Wilma de Faria (PSB), a Assembleia abriu nessa segunda-feira os trabalhos legislativos para este ano. Na mensagem, a governadora fez uma prestação de contas das ações administrativas desenvolvidas até agora, em seis anos à frente do Executivo, e disse o que pretende fazer em 2009.
Ao falar no trabalho já realizado, a governadora Wilma de Faria disse que trazia o relato sincero e as informações que comprovam que o Rio Grande do Norte melhorou, cresceu, avançou em todos os setores, especialmente nos seus indicadores sociais.
"Faço desta oportunidade um ato de apresentação de resultados, sem o tom nem a sisudez dos protocolos. Digo com satisfação que o Rio Grande do Norte tem dados compensadores que precisam ser analisados com a máxima das isenções. A nossa renda familiar é a maior do Nordeste, segundo o IBGE, crescendo 71% com valor médio de R$ 1.200,00. A queda da mortalidade infantil em nosso Estado ficou acima do índice nacional, com uma redução de 70% nos últimos anos. Batemos o recorde nacional no número de empregos gerados com carteira assinada, de acordo com levantamento do Ministério do Trabalho. O nosso índice de Desenvolvimento Humano é o segundo melhor do Nordeste, em levantamento divulgado pelas Nações Unidas. O nosso PIB cresce acima da médica nacional. Nossas exportações atingem números extraordinários a cada ano. Estes são apenas alguns exemplos", afirmou.
Ela disse que o ano de 2009 será dedicado com exclusividade à administração, com a fiscalização das obras em andamento, a cobrança de agilidade e eficiência aos auxiliares, a consolidação dos projetos que melhorem a vida do povo.
"Política eleitoral está fora da minha pauta este ano. Não alimentarei especulações pela imprensa, afinal este jamais foi o meu estilo. É repetitivo e improdutivo o debate sobre chapas ou candidaturas pré-formuladas. Em política, a pressa é a contradição das melhores soluções. É evidente que vai chegar o momento das definições", afirmou.
Ao ressaltar a importância da harmonia nas relações entre os poderes, a Governadora fez um alerta à Assembléia Legislativa, dirigindo-se a todos os deputados, afirmando que "as mudanças na proposta orçamentária encaminha por nossa administração desconfiguraram o planejamento do Executivo em áreas essenciais e estratégicas. Faço um apelo a cada um dos deputados: conforme já conversei com o presidente Robinson Faria, encaminharemos em regime de urgência-urgentíssima, um projeto de lei com ajustes ao texto final aprovado em dezembro".
Essa colocação da governadora, ao final, teve uma reparação do presidente da Casa, deputado Robinson Faria. Ele disse que a governadora havia encaminhado um orçamento de R$ 7 bilhões 528 milhões e que as emendas discutidas e aprovadas pelos parlamentares representaram apenas um total de R4 50 milhões, ou seja, pouco mais de 0,5% do orçamento global aprovado.
O presidente do Legislativo também falou sobre a redução de 20% para 5% do limite de abertura de crédito suplementar sem discussão pelos deputados, porque na matéria encaminhada à Casa estava superdimensionada, não guardando coerência com as previsões inflacionárias.
Robinson Faria disse também que a Assembleia Legislativa não retirou nenhum centavo da saúde, da educação, segurança pública nem inviabilizou a construção da ponte Macau-Ilha de Santana.
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