domingo, 19 de agosto de 2007

Hoje trago mais três estrofes do poema“ A mulher que dançava até com um doido batendo numa lata” do potiguar, Walter Medeiros,

Dança também ligeirinho
Tico tico no fubá
Carinhoso, Carcará,
Se solta em Brasileirinho,
É coisa de admirar
Quanto esteve no Pará
Fez um carimbó todinho.

Acharam até que era trote
Outro dia que alguém viu
Numa noite ela sumiu
Vestida até o cangote
De repente ela surgiu
Sem artifício ou ardil
Dançando com Pavarotti

Nossa amiga tem um pé
Que um dia dança valsa
Mas prefere mesmo a salsa
Você sabe como é
Mas se tirar sua alça
Der um colant e uma calça
Ela dança até ballet

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