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Chuvas da primeira quinzena de março foram regulares tanto no volume como na distribuição Meteorologistas do Nordeste brasileiro estiveram reunidos na semana passada em Recife (PE) para atualizar as previsões climáticas da região.
De acordo com as análises, existe uma tendência de que as chuvas para os setores norte e leste da região Nordeste do Brasil, durante os próximos três meses (abril, maio e junho de 2014), variem entre normal e acima da normalidade.
Mesmo com essas análises, será necessário fazer um monitoramento contínuo, já que ainda poderá haver mudanças nas próximas semanas.
De acordo com o relatório final, “na primeira quinzena de março, as chuvas associadas à presença da Zona de Convergência Intertropical apresentaram uma melhor configuração, tanto nos volumes como na distribuição, principalmente nos Estados do Ceará, Rio Grande do Norte e Paraíba”. O Rio Grande do Norte foi representado na reunião pela equipe da Gerência de Meteorologia da Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (EMPARN).
A próxima reunião para atualização das previsões será no mês de abril, em Maceió (AL), com data a ser definida.
RESERVATÓRIOS
As chuvas ocorridas na primeira quinzena de março ainda não provocaram mudanças significativas nos níveis de armazenamento de água nos principais reservatórios da região, prevalecendo crítica a situação dos reservatórios da região semiárida, que atualmente apresentam um armazenamento em torno de 25% a 30% da sua capacidade máxima E enquanto chuvas melhores não chegam, o Nordeste convive com a realidade de que 74,2% dos 1.795 municípios da região estão em estado de emergência desde novembro de 2013.
RIO GRANDE DO NORTE
O Rio Grande do Norte é o segundo Estado mais castigado da região, com 160 municípios em estado de emergência, o equivalente a 95,8% de suas cidades, ficando atrás apenas do Ceará, que está com cerca de 96% das cidades em calamidade. No Piauí, esse percentual chega a 94,1% e na Paraíba a 90%.
A pior seca dos últimos 50 anos Segundo o relatório “Declaração sobre o Estado do Clima”, divulgado nesta segunda-feira, 24, pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), o Nordeste do Brasil viveu em 2013 a pior seca dos últimos 50 anos. Por conta da seca, mais de 1.400 municípios decretaram emergência pela estiagem e precisaram ser abastecidos por carros-pipa. "Pelo segundo ano consecutivo, a região Nordeste do Brasil experimentou seca severa.
A seca deste ano é considerada a pior dos últimos 50 anos. O Planalto brasileiro, região central da América do Sul, experimentou seu maior déficit de chuvas desde que os registros começaram, em 1979", diz o estudo.
A OMM cita que o Governo precisou intervir com a distribuição de água e comida a sertanejos afetados. "O Governo forneceu ajuda alimentar à população afetada em cinco dos nove Estados do Nordeste. Fontes de energia hidrelétrica foram ameaçadas, como barragens no Nordeste, encerrando dezembro de 2012 em apenas 32% da capacidade, abaixo dos 34%, considerado suficiente para garantir o abastecimento de energia elétrica", aponta o relatório
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