Ano 2013: Dia: 23 de janeiro. Em rede nacional de rádio e
televisão, Dilma Rousseff vendeu um sonho aos brasileiros: “A conta de
luz, neste ano de 2013, vai baixar 18% para o consumidor doméstico e até
32% para a indústria, a agricultura, o comércio e serviços.”
Nesta quinta-feira, 13 de março de 2014, o governo veio à boca do palco para informar que as distribuidoras de energia elétrica receberão um socorro bilionário. Noves fora os R$ 9 bilhões já incluídos no Orçamento de 2014, serão aportados mais R$ 12 bilhões —R$ 4 bilhões do Tesouro Nacional, R$ 8 bilhões em empréstimos bancários. Essa cifra ainda pode subir.
Quem vai pagar? Você, claro! Quando? A partir do ano que vem, depois da eleição, evidentemente. Como? Na conta de luz. E também na elevação de impostos, já neste ano. No pronunciamento de 2013, Dilma disse: “O Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata, significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo.”
No anúncio desta quarta, o governo informou, com outras palavras: embora Deus seja brasileiro, quem acorda cedo para acender as caldeiras do mundo é São Pedro. E o santo resolveu transformar o Brasil numa espécie de sauna seca. Sem chuvas, os reservatórios das hidrelétricas minguaram. Acionaram-se as usinas térmicas, que fornecem energia mais cara e poluente. Abriu-se um buraco na escrituração das distribuidoras de energia.
Numa palavra: o populismo energético de Dilma revelou-se uma barbeiragem. Ao vender a ilusão da luz barata, a presidente-candidata potencializou o consumo. Absteve-se de condicionar a redução na conta à moderação dos interruptores. Com isso, estimulou o desperdício de energia. Quando as nuvens secaram, deveria ter patrocinado uma cruzada pelo consumo consciente. Preferiu prolongar a fantasia, aprofundando o buraco.
A Dilma mágica do pronunciamento de 2013 jactava-se dos coelhos que imaginava ter tirado da cartola: “Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo…Os juros caíram como nunca.”
Agora, a sete meses da eleição, a presidente ficou muda. E adiou o reajuste das contas para 2015. Por quê? Se a tarifa começasse a subir agora, provocaria sobressaltos nos índices de inflação. E a candidata não pode irritar os eleitores.
Uma hora Dilma vai ter que tratar da matéria a sério. E terá de retirar cartolas dos coelhos para justiticar os juros de dois dígitos e quimera energética. De resto, convém acender uma vela para São Pedro. Há um mês, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), classificara como “baixíssima” probabilidade de faltar luz caso “ocorra uma série de vazões pior do que as já registradas.” Hoje, o mesmo comitê reajusta o português. O risco agora é “baixo”. Em português claro: se não chover bastante…
Nesta quinta-feira, 13 de março de 2014, o governo veio à boca do palco para informar que as distribuidoras de energia elétrica receberão um socorro bilionário. Noves fora os R$ 9 bilhões já incluídos no Orçamento de 2014, serão aportados mais R$ 12 bilhões —R$ 4 bilhões do Tesouro Nacional, R$ 8 bilhões em empréstimos bancários. Essa cifra ainda pode subir.
Quem vai pagar? Você, claro! Quando? A partir do ano que vem, depois da eleição, evidentemente. Como? Na conta de luz. E também na elevação de impostos, já neste ano. No pronunciamento de 2013, Dilma disse: “O Brasil vai ter energia cada vez melhor e mais barata, significa que o Brasil tem e terá energia mais que suficiente para o presente e para o futuro, sem nenhum risco de racionamento ou de qualquer tipo de estrangulamento no curto, no médio ou no longo prazo.”
No anúncio desta quarta, o governo informou, com outras palavras: embora Deus seja brasileiro, quem acorda cedo para acender as caldeiras do mundo é São Pedro. E o santo resolveu transformar o Brasil numa espécie de sauna seca. Sem chuvas, os reservatórios das hidrelétricas minguaram. Acionaram-se as usinas térmicas, que fornecem energia mais cara e poluente. Abriu-se um buraco na escrituração das distribuidoras de energia.
Numa palavra: o populismo energético de Dilma revelou-se uma barbeiragem. Ao vender a ilusão da luz barata, a presidente-candidata potencializou o consumo. Absteve-se de condicionar a redução na conta à moderação dos interruptores. Com isso, estimulou o desperdício de energia. Quando as nuvens secaram, deveria ter patrocinado uma cruzada pelo consumo consciente. Preferiu prolongar a fantasia, aprofundando o buraco.
A Dilma mágica do pronunciamento de 2013 jactava-se dos coelhos que imaginava ter tirado da cartola: “Estamos vendo como erraram os que diziam, meses atrás, que não iríamos conseguir baixar os juros nem o custo da energia, e que tentavam amedrontar nosso povo…Os juros caíram como nunca.”
Agora, a sete meses da eleição, a presidente ficou muda. E adiou o reajuste das contas para 2015. Por quê? Se a tarifa começasse a subir agora, provocaria sobressaltos nos índices de inflação. E a candidata não pode irritar os eleitores.
Uma hora Dilma vai ter que tratar da matéria a sério. E terá de retirar cartolas dos coelhos para justiticar os juros de dois dígitos e quimera energética. De resto, convém acender uma vela para São Pedro. Há um mês, o Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), classificara como “baixíssima” probabilidade de faltar luz caso “ocorra uma série de vazões pior do que as já registradas.” Hoje, o mesmo comitê reajusta o português. O risco agora é “baixo”. Em português claro: se não chover bastante…
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