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Em entrevista exclusiva ao JH, Ney Lopes, ex-deputado federal, jornalista e político experiente, por ter exercido sucessivos mandatos de deputado federal e vice-prefeito de Natal, analisa vários temas da atualidade política do Estado.
Ele fala da possibilidade do DEM negar legenda à Rosalba e destaca solidariedade histórica do bloco “rosalbista” com o senador José Agripino; dos recursos do Banco Mundial liberados para o RN; de um pacto dos partidos políticos para evitar a ingovernabilidade do estado e da possibilidade ser candidato em 2014, hipótese que não descarta e diz “depender do bloco político ao qual pertence”.
Governo irá respirar
Na visão de Ney Lopes “a governadora Rosalba Ciarlini irá respirar, do ponto de vista financeiro, neste final de mandato, tendo em vista a liberação de recursos do Banco Mundial, que lhe permitirá realizações administrativas.
Para Ney a “governadora até agora arrecadou para pagar a folha e com a sobra quitou parte dos compromissos do Estado, além de atender aos sucessivos bloqueios judiciais nos recursos orçamentários. O orçamento estadual nos últimos anos tem sido uma “gangorra”: arrecada impostos locais e, ao mesmo tempo, apresenta déficits sucessivos nas transferências federais do Fundo de Participação, em razão das isenções de IPI e outros impostos dados pela presidente Dilma. Difícil administrar essa realidade”.
RN pode ficar ingovernável
O ex-deputado volta a falar na “necessidade de um pacto de governabilidade no RN, onde todos os partidos se sentem à mesa, de espíritos desarmados e façam uma radiografia minuciosa do presente e as perspectivas do futuro. Se isto não for feito o Estado será ingovernável para qualquer um que ganhe a eleição de 2014. Não adianta ousadia, voluntarismo, nem promessas mirabolantes. Não há mágica com números do orçamento público”.
Ney acha que políticos do nível da governadora Rosalba Ciarlini e do senador José Agripino, Garibaldi Alves, Geraldo Melo, Vilma de Faria, “todos eles ex-governadores”, além de nomes de notória experiência política e parlamentar como Henrique Alves, que preside a Câmara Federal, Carlos Eduardo prefeito de Natal e tantos outros, poderão ajudar com reflexões sérias e viáveis, que permitam um futuro mais estável para o nosso povo. Não se trata de pressão, fisiologismo, ou promoção política pessoal. O RN não pode ficar a deriva, com a classe política torcendo pelo “quanto pior melhor”. Quem sabe o que quer não teme sentar-se à mesa e dizer o que pensa de forma civilizada” – arremata.
DEM nega legenda à Rosalba
Sobre a hipótese da governadora Rosalba Ciarlini não dispor da legenda do DEM para disputar a reeleição em 2014, Ney diz que “ao que sei, esse não é um assunto já decidido pela cúpula partidária. Está apenas no terreno das especulações”.
Indagado se acredita que será possível esse “veto” do senador José Agripino à Rosalba, o ex-deputado afirma não acreditar. “A carreira política de José Agripino praticamente nasceu em Mossoró em 1982, sempre com o apoio decisivo de Carlos Augusto e Rosalba. De lá para cá essa solidariedade nunca lhe faltou. Pelo que conheço de José Agripino tais fatos pesarão muito na hora de uma decisão”.
Candidatura em 2014
Sobre a possibilidade de voltar a ser candidato em 2014, Ney Lopes declara o seguinte: “seria hipócrita se lhe dissesse que não tenho vontade de voltar a servir o RN, como fiz no passado, com empenho e espírito público. Entretanto, não estou disposto a “forçar a barra”. Estaria disponível para estudar e analisar tal hipótese, se fosse convocado pelo grupo político a que pertenço. Por isso não digo dessa água não beberei”.
Sobre a sua provável saída do DEM para o PPS, Ney Lopes desmentiu, dizendo: “o que aconteceu na verdade é que o líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado e vários deputados da legenda, deram entrevista afirmando que tinham simpatia por Eduardo Campos, candidato à presidente. Como eu também tinha posição idêntica e o PPS anunciava que iria apoiar Eduardo Campos, admiti essa hipótese em conversa com Roberto Freire, de quem sou amigo e do presidente local do PPS, Wober JR. Como nada aconteceu mantive a minha filiação ao DEM, partido no qual sou um dos poucos fundadores, que ainda não desertaram”.
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