Destituído do PP, grupo do presidente da AL trabalha para filiar até 30 prefeitos ao PROS.
Por Dinarte Assunção
Destronado do Partido Progressista, o grupo de Ricardo Motta (sem partido) planeja dar a voltar por cima articulando o que poderá ser a segunda maior legenda no Rio Grande do Norte, atrás apenas do PMDB, com até 30 prefeitos e sete deputados estaduais, além deter o comando dos dois maiores orçamentos dos legislativos – Assembleia e Câmara Municipal de Natal.
O desembarque de Ricardo Motta, Kelps Lima (sem partido), Raimundo Fernandes (sem partido), Vivaldo Costa (PR), Gilson Moura (PV), Gustavo Carvalho (PSB) e Ezequiel Ferreira (PTB) no Partido Republicano da Ordem Social (PROS) deverá acontecer até o dia 5 de outubro, prazo final para quem vai disputar as eleições do próximo ano se filiar.
Um oitavo nome é aguardado, o de Leonardo Nogueira (DEM), que não confirma nem desmente a possibilidade de mudar de legenda em razão da situação desconfortável em que se encontra no Democratas – a mulher, Fafá Rosado, foi para o PMDB e ele não tem sido visto com bons olhos pelo casal que administra o Estado.
Se confirmado o oitavo deputado, o PROS terá um terço da Assembleia Legislativa. A ele se soma a bancada do PMDB, com quatro parlamentares, a do PSB, com três, mais Fernando Mineiro (PT), Agnelo Alves (PDT), Fábio Dantas (PHSB), Gesane Marinho (PSD) e José Dias (PSD), totalizando 20 deputados no polo oposto ao governo.
Entrementes, os novos parlamentares do PROS negociam com os prefeitos ligados a ele para também migrarem. Foi nessa lógica que o prefeito de Assu, Ivan Júnior, já confirmou sua saída do PP para a nova legenda, que está servindo, aliás, para abrigar a dissidência do PSB que reluta em reconhecer o projeto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República.
Presidência
No Rio Grande do Norte, a criação e fomento do PROS contou com a participação do deputado federal Henrique Eduardo Alves. Coube a ele articular para que o grupo de sete parlamentares se acomodasse em uma legenda que nascesse com capilaridade.
Definido o local para o desembarque do grupo, a expectativa agora é pela escolha do presidente. As fontes envolvidas no caso explicaram que o vereador Rafael Motta deverá presidir a legenda, a exemplo do que se registrou com o PP. Assim, ele, que deve ser candidato a deputado federal no próximo ano, tem um motivo justo para percorrer o interior do Estado, condição que não teria sentido se ele fosse apenas vereador de Natal.
Na Câmara de Vereadores da capital, aliás, o PP ficou rachado. Até o momento, além de Rafael Motta, o presidente da Câmara, Albert Dickson, é o único que manifestou nos bastidores a intenção de deixar o atual partido
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