segunda-feira, 30 de setembro de 2013

Ricardo Motta planeja “volta por cima” criando segundo maior partido do RN


Destituído do PP, grupo do presidente da AL trabalha para filiar até 30 prefeitos ao PROS.

Por Dinarte Assunção

Destronado do Partido Progressista, o grupo de Ricardo Motta (sem partido) planeja dar a voltar por cima articulando o que poderá ser a segunda maior legenda no Rio Grande do Norte, atrás apenas do PMDB, com até 30 prefeitos e sete deputados estaduais, além deter o comando dos dois maiores orçamentos dos legislativos – Assembleia e Câmara Municipal de Natal.

O desembarque de Ricardo Motta, Kelps Lima (sem partido), Raimundo Fernandes (sem partido), Vivaldo Costa (PR), Gilson Moura (PV), Gustavo Carvalho (PSB) e Ezequiel Ferreira (PTB) no Partido Republicano da Ordem Social (PROS) deverá acontecer até o dia 5 de outubro, prazo final para quem vai disputar as eleições do próximo ano se filiar.

Um oitavo nome é aguardado, o de Leonardo Nogueira (DEM), que não confirma nem desmente a possibilidade de mudar de legenda em razão da situação desconfortável em que se encontra no Democratas – a mulher, Fafá Rosado, foi para o PMDB e ele não tem sido visto com bons olhos pelo casal que administra o Estado.

Se confirmado o oitavo deputado, o PROS terá um terço da Assembleia Legislativa. A ele se soma a bancada do PMDB, com quatro parlamentares, a do PSB, com três, mais Fernando Mineiro (PT), Agnelo Alves (PDT), Fábio Dantas (PHSB), Gesane Marinho (PSD) e José Dias (PSD), totalizando 20 deputados no polo oposto ao governo.

Entrementes, os novos parlamentares do PROS negociam com os prefeitos ligados a ele para também migrarem. Foi nessa lógica que o prefeito de Assu, Ivan Júnior, já confirmou sua saída do PP para a nova legenda, que está servindo, aliás, para abrigar a dissidência do PSB que reluta em reconhecer o projeto do governador de Pernambuco, Eduardo Campos, pré-candidato à Presidência da República.

Presidência

No Rio Grande do Norte, a criação e fomento do PROS contou com a participação do deputado federal Henrique Eduardo Alves. Coube a ele articular para que o grupo de sete parlamentares se acomodasse em uma legenda que nascesse com capilaridade.

Definido o local para o desembarque do grupo, a expectativa agora é pela escolha do presidente. As fontes envolvidas no caso explicaram que o vereador Rafael Motta deverá presidir a legenda, a exemplo do que se registrou com o PP. Assim, ele, que deve ser candidato a deputado federal no próximo ano, tem um motivo justo para percorrer o interior do Estado, condição que não teria sentido se ele fosse apenas vereador de Natal.

Na Câmara de Vereadores da capital, aliás, o PP ficou rachado. Até o momento, além de Rafael Motta, o presidente da Câmara, Albert Dickson, é o único que manifestou nos bastidores a intenção de deixar o atual partido

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