Com toda certeza o maior evento ocorrido em Portalegre ano passado foi o I festival gastronômico. E sem dúvida alguma é do interesse da administração realizar sua segunda edição. Porém, existe um problema que pode impedir a realização do evento.
O Festival Gastronômico foi realizado com dinheiro vindo através de uma emenda da senadora Rosalba Ciraline - a prefeitura priori não tem ocm bancar sozinha. Até aí, tudo bem. A senadora ou qualquer político com base em Portalegre não se negaria a alocar verba para ao evento. O problema é que o Ministério do Turismo - de onde tem vindo todas as verbas para eventos com o São João, o Réveillon e o Festival Gastronômico - publicou duas portarias restringindo a liberação de verbas para grandes eventos e shows no ano eleitoral.
Uma das medidas proíbe o financiamento dessas atividades no período da campanha - 2 de julho a 31 de outubro - para Estados, prefeituras ou entidades privadas sem fins lucrativos. O festival gastronômico foi realizado em 2009 no início de agosto.
A outra portaria estabelece um teto para o uso dos recursos fora do tempo de campanha de acordo com o tamanho dos municípios. Por exemplo: cidades com até 20 mil habitantes poderão receber até R$ 200 mil por ano, mas só R$ 100 mil poderão ser gastos num mesmo evento.
Então, vamos entender. Portalegre só poderá receber esse ano 200 mil reais em verbas para a realização de eventos com o São João, Réveillon e Festival, sendo 100 mil para cada e isso em evento que não seja realizado entre julho e outubro.
Quer dizer, o Festival Gastronômico não terá como receber recursos federais sendo realizado em agosto. Primeiro porque a data está entre o período impedido pela primeira portaria, segundo porque, mesmo que fosse mudada a data de realização ainda teria que disputar com os já tradicionais São João e réveillon. E nem vamos parar para pensar quais eventos seriam escolhidos, pois, encontrar outra data para a realização do Festival é coisa praticamente impossível. Antes de julho não dá, já temos o São João no final de junho. Em novembro não teremos mais clima. Até de forma literal.
Só resta a administração procurar outras formas de viabilizar recursos para realização do festival, ou desistir da única coisa que conseguiu, depois de tanto tempo, movimentar o setor turístico de nossa cidade.
Com informações da coluna Painel, da Folha de S. Paulo.
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