Jornal O mossoroense - 23 -09
Márcio Costa - Como o senhor avalia a campanha para o governo do Estado?
Getúlio Rego - Eu penso que a vontade popular está se confirmando neste momento pré-eleitoral. Rosalba tem uma candidatura que nasceu das ruas. Foi a expressão do apoio popular que deu sustentabilidade a consolidação da sua campanha. Eu penso que é questão apenas de esperar o povo votar, para se confirmar sua vitoria no primeiro turno.
MC - Na sua opinião, sua candidata vencerá a disputa. Por quê?
GR - Ela ganha pela experiência acumulada como gestora de Mossoró. Pelo êxito das suas três gestões transformando aquela cidade numa cidade moderna, de boa infraestrutura, que melhorou a qualidade da saúde ofertada à população, que melhorou a educação. Investiu maciçamente na parte cultural, na parte esportiva, e sem nenhuma dúvida isso foi o diferencial para habilitá-la a sua vitoria ao Senado em 2006 e, consequentemente, prepará-la para a grande e consagradora vitória nas urnas de 3 de outubro para o Governo do Estado.
MC - Como o senhor avalia a influência da disparidade existente na eleição nacional
no pleito do RN.
GR - Olhe. O eleitor hoje não é mais propriedade de ninguém. Nós não negamos a expressão da popularidade do presidente Lula, mas nos já vimos este filme duas vezes. Em 2006, Lula veio a Mossoró e Natal para tentar eleger Fernando Bezerra. Foram as duas cidades que confirmaram a eleição de Rosalba. Da mesma forma Lula veio ao Estado com dez ministros, com toda a estrutura do poder municipal, do poder estadual, para a campanha de 2008, com uma candidata do partido dele, Fátima Bezerra, que é uma deputada bem avaliada. Micarla venceu no primeiro turno. Agora a insistência do presidente em impor sua popularidade não está rendendo os efeitos necessários, por que o povo é independente e vai votar de acordo com as suas observações, por que quem conhece o Estado é o povo do Rio Grande do Norte.
MC - O senhor acredita no aumento do número de vagas para deputado estadual no Alto Oeste?
GR - Eu penso que a eleição do Alto Oeste vai se confirmar de acordo como o coeficiente eleitoral de cada coligação. Eu acho que a renovação no Oeste em termos de presença de novos nomes será pequena. Eu avalio, por exemplo, que em Mossoró, os dois candidatos, Leonardo Nogueira e Larissa Rosado, estejam com reeleição confirmada. Aqui no Alto Oeste espero ser reeleito e acho que Raimundo Fernandes, em que se pese ter uma concorrência mais predadora de sua base eleitoral, vai ter uma compensação na região Agreste que vai consolidar o seu retorno. No mais, os novos candidatos têm muito dinheiro, muito apelo material, mas pouca expressão de serviço prestado, e de vitrine para chamar a atenção do eleitor neste momento.
MC - Esta invasão de novos nomes incomoda?
GR - Eu acho que isso é bom. Eu acho que a democracia se fortalece à medida que a população tem mais opções na hora de definir o seu voto. Estou tranquilo por que pessoalmente as minhas sete eleições foram pautadas no trabalho na dedicação e na seriedade que não é um favor, mas uma obrigação de qualquer representante público. Portanto estou enfrentando as urnas com a consciência de que serei confirmado nas urnas.
MC - A campanha iniciou com comentários de que sua candidatura corria risco. Este
risco existe?
GR - Aliás isso não é uma novidade. Este risco existe desde a minha primeira reeleição em 1986. E a cada eleição, em 90, 94, 98, 2002 e 2006 sempre haviam candidatos novos na minha região, e sempre disseram 'Getúlio está frito". Mas o povo me confirmou por sete vezes. Sendo pela primeira vez na história do RN um deputado com seis mandatos. Hoje estou com sete e estou confiante de que confirmarei o oitavo mandato nas urnas.
MC - Existe possibilidade de ocorrer alguma reviravolta na eleição estadual?
GR - Eu acredito em milagre quando se trata da obra e graça de Deus, mas quando o povo quer, Deus abençoa, e esta benção vai ser dada nas urnas sufragando e elegendo Rosalba governadora do Rio Grande do Norte.
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