terça-feira, 8 de abril de 2008

Garibaldi lê pedido de nova CPI e tenta desbloquear pauta de votações

Presidente do Senado deve fazer um apelo em favor da moderação na linguagem dos integrantes das comissões parlamentares de inquérito e cobrar o exame dos vetos presidenciais pelo Congresso


Garibaldi Alves: "Vou fazer apelo para que evitem troca de acusações"
O presidente do Senado, Garibaldi Alves, lê na sessão plenária de hoje à tarde o requerimento que cria a CPI exclusiva de senadores para investigar os cartões corporativos. Antes, ele almoça com os líderes partidários para discutir detalhes dessa nova comissão parlamentar de inquérito e o desbloqueio da pauta do Plenário. Garibaldi também fará um apelo à moderação. Certo de que o funcionamento simultâneo de duas CPIs sobre o mesmo tema poderá resultar em turbulência, ele pedirá aos parlamentares que se contenham, para evitar o uso de linguagem vulgar.

– Uma CPI já cria turbulências, imagine duas tratando do mesmo assunto. Não tenho solução para esses conflitos. Vou fazer um apelo pela moderação, para que evitem troca de acusações, uso de linguagem chula – afirmou o presidente da Casa, em entrevista à Agência Senado.

Na mesma reunião, Garibaldi trabalhará para que o Congresso volte a se reunir com o fim de deliberar sobre vetos presidenciais, uma das prerrogativas do Parlamento que ele considera inaceitável que seja negligenciada. O senador disse que deverá ser discutida também a proposta de emenda à Constituição em análise na Câmara que muda o rito de tramitação das medidas provisórias.

Pauta

No momento, trancam a pauta de votações do Senado MP que abre crédito extraordinário de R$ 1,6 bilhão em favor de diversos órgãos do Executivo e dois projetos de lei de conversão – dispondo sobre franquia postal e data de pagamento de benefícios da Previdência. Indagado sobre o que é prioritário para votação no Senado depois que essas matérias forem votadas, Garibaldi respondeu:

– Essa é a única coisa que não posso informar, porque, desobstruída a pauta, novas medidas provisórias virão. Isso é certo. Já estão no forno. Não podemos criar nenhuma expectativa de votação enquanto não parar de chegar tantas medidas provisórias.

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