Edilson Damasceno - De fato
Depois de afirmar ser favorável à manutenção política envolvendo o PMDB e DEM, e depois comentar que precisaria deixar as simpatias de lado em nome da união peemedebista, o senador Garibaldi Filho voltou a defender a candidatura da senadora Rosalba Ciarlini (DEM) ao Governo do Estado. Entrevistado ontem pelo radialista José Nilson, da FM Rádio Vida – em Martins –, Garibaldi descartou, mais uma vez, a possibilidade de suceder a governadora Wilma de Faria(PSB). “Eu não quero ser candidato a governador. Já dei a minha cota de participação. Eu acho que as pessoas devem achar que já passou a minha vez. E Henrique Eduardo está vivendo um momento nacional muito importante. Tudo indica que não teremos candidato a governador. Não tendo, teremos de apoiar alguém”, analisou.
Com essa afirmação de que o PMDB não apresentará candidato ao Governo do Estado, o senador discorre sobre a divergência entre ele e o presidente estadual da legenda peemedebista, deputado federal Henrique Eduardo Alves. Segundo Garibaldi, o problema todo reside em quem o partido deve apoiar. “Temos de superá-la. Toda divergência pode ser superada. Eu tenho uma opinião: acho que deveríamos apoiar Rosalba - apesar de não descartar nenhum dos nomes como Iberê Ferreira de Souza, Robinson Faria, João Maia e Carlos Eduardo. Mas, acho que há uma maior afinidade das bases do PMDB com Rosalba”, afirma.
O senador comenta que esse posicionamento não é compartilhado pelo deputado federal Henrique Alves. “Já, Henrique acha que não. Que devíamos ponderar. Que devíamos ficar com o PSB em torno de um desses candidatos. Esse é o ponto crucial. É isso que devemos superar. Sabemos muito bem que a união faz a força. Não podemos nos dividir. Temos consciência disso. Então, vamos esgotar todos os esforços para nos manter unidos”, disse.
TEMOR
Na entrevista, o senador peemedebista deixa claro que o PMDB não optou, ainda, pela senadora Rosalba Ciarlini devido a um fator primordial: o que está em jogo são duas cadeiras ao Senado para três pré-candidatos: o próprio Garibaldi, o senador José Agripino (DEM) e a governadora Wilma de Faria.
Nesse raciocínio, PMDB, DEM e PSB trabalham tendo o Senado como prioridade. Para evitar um embate duro que – ao que tudo indica – envolverá as três maiores forças políticas do Rio Grande do Norte, Garibaldi se mostra disposto a enfrentar Henrique caso o candidato do DEM ao Governo do Estado seja José Agripino. “Eu apoio Agripino. Porque aí só eu e Wilma de Faria disputaríamos vagas ao Senado. Ficaria mais fácil. Se Agripino quisesse disputar o Governo, eu poderia apoiá-lo. É um homem que tem muitas credenciais e muita experiência. Agora, o que sei é que ele não quer ser candidato a governador. Pelo menos é o que ouço dele.”
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