O governo está preparando um novo aumento nas tarifas de energia. Um decreto prestes a ser assinado pela presidente Dilma estabelecerá um reajuste no sistema de bandeiras tarifárias.
A medida aumentará em torno de 50% o valor máximo da tarifa extra paga pelos consumidores quando os reservatórios das usinas hidrelétricas estiverem com o nível de água baixo. Com o decreto, o custo do megawat-hora da bandeira vermelha, que indica custo extra de energia, vai subir dos atuais R$ 30 por hora para R$ 45. O aumento deve entrar em vigor em março.
Implantado este ano, o sistema de bandeiras faz com que a conta de luz opere como um sinal de trânsito, indicando o custo da energia para o consumidor. A bandeira verde indica bom funcionamento, a conta não sobe. A amarela indica condições menos favoráveis, a tarifa sobe um pouco. Já a vermelha sinaliza custo extra para suprir a demanda, e o acionamento das usinas térmicas.
O sistema permite repassar mensalmente ao consumidor parte do custo extra com energia. Antes, as distribuidoras arcavam com esse gasto, sendo ressarcidas apenas no momento do reajuste anual. O objetivo da medida é liquidar os problemas financeiros das distribuidoras de energia.
O governo também pretende que o reajusta desestimule o consumo excessivo de energia, já que as contas ficarão mais caras.
No último dia 30, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou que irá manter o sistema na bandeira vermelha durante todo o mês de fevereiro.
No ano passado, o constante uso das usinas térmicas afetou o caixa das distribuidoras de energia. O governo precisou recorrer a um empréstimo bancário de R$ 17,8 bilhões para socorrer as empresas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário