21/02/2015 - 03h00
Ricardo Noblat
De que adiantou a presidente Dilma ter ficado quase dois meses sem responder a perguntas de jornalistas para ao fim e ao cabo romper seu silêncio dizendo um monte de sandices?
Perdeu uma oportunidade de ouro de permanecer calada.
A maioria dos brasileiros não a perdoa por ela ter mentido tanto durante a campanha que a reelegeu. Tudo o que ela disser daqui para frente será recebido com desconfiança. Pois bem: assim que pôde, Dilma voltou a zombar da inteligência alheia.
O que resta demonstrado depois de tantos meses de investigação sobre a roubalheira na Petrobras? Que diretores e gerentes, alguns nomeados ainda por Lula, montaram uma formidável máquina de arrancar dinheiro de empreiteiras para financiar partidos.
Quando tudo isso começou? No primeiro governo Lula. Pedro Barusco, ex-gerente da Petrobras, confessou ter sido subornado por uma empresa holandesa ainda no período de Fernando Henrique Cardoso na presidência. Mas esse foi um fato isolado como ele mesmo reconheceu.
A corrupção organizada e envolvendo funcionários e empreiteiras a serviço da Petrobras só deu sinal de vida na Era PT.
Daí... Daí como é possível que Dilma cometa o descaramento de atropelar a verdade para tentar repartir a culpa do PT com o PSDB de FHC?
Isso só tem um nome: desonestidade intelectual. Como na campanha, Dilma imagina sair no lucro repetindo mentiras até que elas acabem aceitas como verdades. Não é por que o truque deu certo antes que dará certo outra vez.
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