Por Augusto Nunes
Lula verá os jogos da Copa enfurnado em casa. Não dará as caras sequer no Itaquerão, que não existiria sem a intervenção do mais influente torcedor do Corinthians: foi o camelô de empreiteira quem agenciou a entrada no negócio da Construtora Odebrecht e induziu o BNDES a bancar a obra bilionária. Passou anos sonhando com as ovações que ouviria ao aparecer nas 12 subsedes. O medo da vaia o fez descobrir que nada combina mais com futebol que transmissão pela TV regada a cerveja da geladeira na cozinha.
Ricardo Teixeira verá os jogos da Copa enfurnado em Miami. Andou circulando pelo Rio na semiclandestinidade, mas voltou para o esconderijo dias antes do apito inicial. “Ele não quer se expor a manifestações de hostilidade”, informou um amigo do ex-presidente da CBF que sonhava com a presidência da Fifa antes de entrar na lista dos prováveis convocados para a seleção da Interpol.
Dilma Rousseff imaginou que a Copa de 2014 seria a penúltima e mais gloriosa etapa da campanha para um segundo mandato tão inevitável quanto a mudança das estações. No momento, tenta criar coragem para participar da cerimônia de abertura. Mas já avisou que nada no mundo fará com que se arrisque a abrir a boca diante da multidão. Está provado: medo de vaia também provoca afonia.
Ninguém sabe se a Seleção vai ou não ganhar o hexa. O que o pavor da trinca já deixou claro é que Lula, Ricardo Teixeira e Dilma perderam a Copa que nem começou.
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