Henrique concedeu entrevista coletiva na manhã de hoje e manteve as críticas que vem fazendo ao Governo Rosalba Ciarlini.
Quinze dias após a retomada das reuniões do conselho político do governo do Estado, no dia 25 de fevereiro, em Brasília, a governadora Rosalba Ciarlini (DEM) ainda não tomou as medidas sugeridas pela base, formada por PMDB, PR, PMN e DEM. A informação é do presidente da Câmara dos Deputados, deputado Henrique Alves (PMDB), um dos integrantes deste conselho.
Segundo ele, o prazo para que o governo do DEM adote as medidas acordadas é durante este mês de março. “Acho que durante esse mês de março ou essa coisa caminha ou é esquecer de novo”, avisou Henrique, durante entrevista coletiva à imprensa, nesta manhã, na sede do PMDB.
Embora evite falar sobre 2014 e diga que 2013 é o ano da parceria administrativa em prol do desenvolvimento do Estado, o presidente da Câmara dos Deputados mantém a postura de crítico à gestão Rosalba. Indagado se o governo havia mudado o comportamento após a reunião do conselho, Henrique declarou que não. “Até porque foi feito um entendimento com a governadora de que era preciso abrir o seu governo. O governo Rosalba é um governo muito isolado, muito distante da base. E todo governo tem que ter uma base política que seja solidária, próxima, que realize avaliações dos erros, acertos e estratégias”, afirmou.
Henrique voltou a ressaltar a trajetória política de Rosalba, afirmando que a chefe do executivo potiguar tem uma “história importante, como administradora, pessoa determinada, humilde, de um governo ético, de um governo honrado”. Contudo, na sua avaliação, “está faltando uma abertura que faz com que a base política do seu governo possa participar, efetivamente, do seu governo”. Assim, Henrique combate o maior problema da gestão, na sua avaliação. Para ele, o governo necessita “deixar de ser um governo concentrador, isolado e solitário”, que, a seu ver, está sendo.
De acordo com Henrique, na reunião do conselho político, a governadora Rosalba Ciarlini ouviu uma “reclamação generalizada” da base, e se comprometeu a realizar as mudanças. “Foi uma reclamação generalizada e a governadora admitiu e abriu para um diálogo novo, para que houvesse essa participação mais efetiva, mais democrática, mais incisiva, daqueles que fazem parte e apoiam o seu governo”.
Além de estipular que abril não chegará sem mudanças profundas na administração estadual, o peemedebista disse ainda que tem a expectativa de que essas mudanças efetivamente acontecerão. “Eu tenho expectativa de que isso possa caminhar e a gente possa chegar a um entendimento. Ela admitiu preocupação com seu governo, na forma de conduzir”, disse.
CARGOS
No tocante a indicação de cargos na estrutura da administração do governo estadual, o presidente do PMDB, Henrique Alves, afirmou que o Conselho Político está estudando nomes e poderá sugerir nos próximos dias para avaliação da governadora Rosalba Ciarlini. “Seriam sugestões da base política de onde pudesse agregar mais, dar mais agilidade, uma visão mais ampla administrativamente do Estado. Então, a base está analisando, avaliando e poderá sugerir nos próximos dias alguns nomes”, disse.
Segundo Henrique, essas sugestões não devem ser atribuídas aos partidos da base – PMDB e PR -, mas ao conselho político. “E o que é o conselho político? Não é discutir cargos. É se reunir a cada 15 dias, discutir acertos, erros, se a estratégia está certa, se está errada. O que todo governo democrático gosta de fazer”, exemplificou o que seria o papel do conselho, para além da indicação de quadros para secretarias estaduais.
O presidente do PMDB negou que o PMDB tenha indicado nomes para a Secretaria de Agricultura, Recursos Hídricos e que tenha feito pleitos quanto ao programa do leite. Segundo Henrique, mais que cargos, o que se está buscando para a base política do governo Rosalba é mudança de postura e conceito. “Mais que o PMDB indicar cargos, é a postura, é o conceito, democratizado, aberto, transparente, do conceito político”, que passaria a valer agora.
De acordo com o presidente da Câmara dos Deputados, é preciso ressaltar críticas à condução administrativa do governo. “Nós também fazemos uma crítica à condução administrativa. Alguns setores têm que ser mais atuantes, mas ágeis, mais eficazes. Essa é uma crítica construtiva”, avaliou. Contudo, “a base política quer ajudar o Rio Grande do Norte, e chegou a hora de a base política dar essa contribuição”, finalizou Henrique Alves.
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