Deu na Tribuna do Norte de hoje, em reportagem de Vinícius Menna:O Governo do Estado desistiu de chamar os 600 professores que estavam previstos para o mês de julho.
Foram convocados 600 professores e especialistas do último concurso no dia 3 de maio, época em que foi confirmada a chamada de outros 600 no prazo de 60 dias. Contudo, segundo a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho, os outros 600 só serão chamados “se for estritamente necessário”.
Em coletiva à imprensa no dia 19 de abril, o Governo do Estado já havia informado que 1.200 profissionais seria convocados em duas etapas com objetivo de dar um melhor ordenamento ao processo. O impacto financeiro seria de aproximadamente R$ 3 milhões por mês. Segundo o Governo do Estado, o déficit imediato da época era de cerca de 500 professores, mas a previsão já era de aumento desse número em abril, devido à possibilidade de aposentadorias. Agora, mesmo com o encerramento da chamada feita em maio, em que mais de 500 professores e especialistas foram nomeados, a previsão de chamada desses 600 novos profissionais foi alterada.
De acordo com a Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC), o motivo da mudança de planos está relacionada a um diagnóstico que só foi possível neste mês de julho, com o término da implantação do Sistema Integrado de Gestão da Educação (SIGEduc) no interior. Na época do anúncio, a previsão era de que seriam necessários outros 600.Segundo a SEEC, a partir do funcionamento do SIGEduc no interior foi possível verificar a existência de professores com carga horária suficiente para assumir escolas. “Vamos chamar alguns de imediato, mas outros serão convocados à medida que surgirem novas aposentadorias. Faremos essas chamadas racionalmente, afinal não podemos desperdiçar recursos públicos”, diz Betânia Ramalho.
Por outro lado, a coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública no Rio Grande do Norte (Sinte-RN), Fátima Cardoso, afirma que faltam professores em escolas do interior do estado. “A convocação de mais 600 nem seria suficiente”, avalia.
Ela cita como exemplos as escolas estaduais José Correia, Manoel Montenegro e Juscelino Kubitschek, em Assú, e ainda a Tristão de Barros, em São Rafael, e Alcides Vanderlei, em Caraúbas.
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