Potencial candidato do PT, Cândiddo Vaccarezza diz que líder do PMDB “resolveu” problema entre partidos que brigavam pelo comando da Casa. As exigências do PMDB da Câmara sobre cargos no governo e interlocução na transição continuam
Henrique Alves em reunião do PMDB com Alexandre Padilha: líder diz ter desistido de disputar presidência da Câmara
O líder do PMDB na Câmara, Henrique Eduardo Alves (RN), desistiu de ser candidato à Presidência da Câmara. Em entrevista ao Congresso em Foco, ele afirmou que “adiou” seu projeto. Com isso, o caminho para o PT dirigir a Casa no ano que vem ficou mais fácil. A fala de Henrique Alves, porém, pode ser um aceno para a negociação dos demais pontos exigidos pela bancada peemedebista na Câmara, numa moção assinada pelos deputados hoje (1º). Conforme este site noticiou há pouco, os deputados exigem que Henrique seja interlocutor nas negociações sobre a formação do novo governo e querem os ministérios da Agricultura e das Cidades na cota do PMDB da Câmara.
Segundo Alves, nesta quinta-feira (1º), o presidente do PT, José Eduardo Dutra, telefonou para o vice-presidente eleito, Michel Temer (PMDB-SP), comunicando que os petistas devem formalizar a tese do rodízio na presidência da Câmara. Num biênio, petistas, e noutro, peemedebistas. Será do PT o direito de escolher o período em que querem dirigir a Casa. O líder do governo e potencial candidato ao cargo, Cândido Vaccarezza (PT-SP) já disse que os petistas querem o primeiro biênio.
“Nós acataremos a decisão do PT”, garantiu Alves, no início da noite de hoje, no plenário da Câmara, dizendo-se “satisfeito” com o caminho a ser seguido. A reunião do PT vai acontecer na próxima terça-feira (7), quando será escolhido o candidato do partido ao cargo mais importante da Casa.
Informado das declarações de Alves, Vaccarezza não comemorou. Disse apenas que isso mostra que PT e PMDB não vão brigar por conta da disputa pelo cargo. “Se ele já disse, ele já resolveu o problema”, disse ele ao Congresso em Foco, minutos depois da entrevista de Alves.“Não vai ter briga. O PMDB é um grande partido: a tendência é a gente chegar a um grande acordo”, comentou Vaccarezza.
Só afagos também do lado peemedebista. Para Alves, o PT vai aceitar a tese do rodízio, escolherá o candidato e não haverá mais o que discutir. “Está tudo resolvido. É um casamento feliz”, disse o líder do PMDB. Ele disse que está “adiando o projeto” de ser presidente da Câmara, o que pode acontecer na eleição de 2013.
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